Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois
Mais informações: www.cm-sintra.pt

16.2.11

Será desta?

Dizem os provérbios fáceis que cada país tem os políticos que merece. Tendo a concordar: temos, (re)elegemos e deixamos eleger.

Contentamo-nos com muito pouco e raramente nos preocupamos em conferir se aqueles que elegemos merecem o voto de confiança neles depositado. Resultado: reeleições até ao limite legal, quando os há, apesar de em muitos casos haver manifestas provas de má gestão e abuso de posição de poder. É claro que devemos todos usufruir da presunção de inocência, mas entre a presunção e as evidências há uma grande distância.

Este texto tem como mote a eminência de Sílvio Berlusconi ser levado a julgamento. O seu nome sempre foi associado a escândalos sexuais e a notícias de abuso de poder e tráfico de influências. Contudo, foi sempre (re)eleito. Ou seja, o que o povo gosta mesmo é de lavagem de roupa suja, porque no momento decisivos, quem é que elege? Os suspeitos do costume.

É claro que podemos sempre afirmar que os pecados privados não impedem que se seja um bom gestor público. Mas a sério? Será que um pais quer mesmo ser mais conhecido pelos escândalos dos seus dirigente dos que pela sua gestão eficaz?

Infelizmente, esta realidade é generalizada a muitos países (talvez a todos, afinal o mundo é muito vasto). Mas cabe a nós – cidadãos (eleitores) – combater determinadas situações. Mas o que fazemos? Abstemo-nos. Não reivindicamos a clareza e transparência dos nossos políticos, apesar de gostarmos de os chamar corruptos. Ao continuarmos a promover e permitir a sua eleição, estamos a merecer os políticos que temos.

Não sei ao certo como combater esta situação, mas sei também que o voto é um meio para o realizar, dai que, sempre que me seja possível, o utiliza da forma que me parece mais justa.

Às vezes, arrependo-me das escolhas feitas, mas quem não se arrepende?

Sem comentários:

Enviar um comentário