Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

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21.11.09

Testamento Vital

Ponderar hoje o que seria o meu testamento vital é obrigar-me a dar materialidade à morte. E aos 33 ninguém está preparado para enfrentar a sua morte. Por outro lado, quando se tem uma tradição familiar de cancro, a morte é sempre um fantasma presente. Mas há sempre uma diferença entre essa presença difusa e o que será a nossa morte concreta.
Então, hoje, num estado saudável, em caso de acidente, sou a favor de métodos de reanimação. Se eventualmente entrar em morte cerebral, os meus órgão são para doação. A mim já nada fazem, que sejam uma nova oportunidade para quem deles precise.
Se daqui a uns anos o cancro for uma realidade, tentarei combate-lo com o máximo das minhas forças. Quanto este entrar numa fase terminal[1], quero passa-la com a maior dignidade possível: sem tratamentos supérfluos e debilitantes e recorrendo a cuidados paliativos.


[1] De todas as pessoas que conheci com cancro, ninguém lhe sobreviveu. Considero que é uma guerra que nunca se vence, apenas se ganham batalhas.

1 comentário:

  1. muito show seu blog.... parabens xD

    ^^

    vou te seguir... depois passa no meu e me siga lá também!

    ^^
    bjos

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