Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

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27.11.09

Governar sem dinheiro

A minha mãe costumava dizer: sem dinheiro ninguém se governa. Há também o ditado popular: em casa em que não há dinheiro, todos ralham e ninguém tem razão.
Um dos problemas de muitos dos municípios nacionais é a sua gradual redução orçamental nos últimos anos.
O orçamento sintrense para 2010 apresenta também uma redução em relação ao ano que agora finda. Este valor engloba ainda o valor dos compromisso assumidos este ano e que por algum motivo não foram pagos. Para alguns departamentos e/ou divisões isto representa uma redução severa. Assim, a questão que se coloca é: como gerir uma instituição, divisão ou departamento cuja acção está seriamente condicionada.
Sem dinheiro para investir em novas actividades ou acções e limitando as já existentes, como oferecer aos munícipes programas e/ou actividades do seu interesse? Como fazer perceber aos munícipes estas limitações? Como fazer perceber as prioridades das Grandes Opções do Plano, isto é, o programa de governo municipal para o próximo ano?
Até como funcionária, esta é uma situação complexa. Por muito que nos sejam solicitadas sugestões de actividades e nos esforcemos por idealiza-las, a custo quase zero é uma tarefa complexa. Porque, entre a imagem e o serviço que o município quer prestar junto do seu público e o custo disposto a realizar, há uma diferença abismal.
Fazer mais como menos é uma boa intenção, exequível até certo ponto. Porque, na maioria das vezes, é apenas uma falácia. Como diz a sabedoria popular: não se fazem omeletas sem ovos. Ou seja, não há milagres.
Assim, resta esperar que as prioridades políticas sejam realmente prioridades municipais e que o dinheiro disponível seja empregue nas medidas necessárias que sirvam os munícipes em geral e não apenas a alguns em particular.

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